quarta-feira, 7 de maio de 2008

Ver e não obter

Algo decidiu que eu seria boba a maior parte do tempo
Que minhas feições, muitas vezes brutas, esconderiam uma sensibilidade quase ridícula
Algo simplesmente escolheu as minhas reações,
que eu sentisse o impacto no peito das ações alheias
Algo ignorou o que eu queria e me obrigou a ser o que virei
Virei eu, do avesso, às experiências não esperadas quase redundantes versus os sentimentos abundantes ao reverso da existência... e que... não contém o verso da essência.
Sem emendas, retalia-se o esperado
O esperado que somente eu esperei
que os outros obtiveram sem esperar
e que eu
Vi navios

Um comentário:

giz disse...

achei o teu blog por aí e fiquei sem ar a primeira vez que li. nao, nao é bem isso, nao é "ficar sem ar"... sabe quando dói um pouquinho uma coisa que tu entende que existe mas não entende o que é, mas que dói às vezes, sem ser algo ruim? não chega a ser desconfortável, por que eu me sinto assim com os tuas postagens: confortável. sabe? em um lugar que eu pareço conhecer direitinho.
mesmo que não seja nada disso e que eu tenha entendido tudo errado, posta mais vezes? X) vou esperar, tá?